terça-feira, 10 de maio de 2011

PARA REFLETIR

  
AS RUAS DO BAIRRO POMPEIA

Walter Gregório de Oliveira
Presidente da AMAP/ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO POMPEIA


Como moradores do Bairro Pompéia percebemos que o mesmo serve como corredor de ligação para vários outros bairros da Região Leste, mas também funciona como um “Centro de Referência” para os moradores da região, em razão dos vários empreendimentos aqui existentes, como Supermercado EPA, Igreja N.S.R. de Pompéia, Centro de Saúde, Sede dos Vicentinos, Obras Sociais N.S.R. de Pompéia, Colégio São Francisco de Assis, Pompéia Futebol Clube, várias repartições da PBH, etc.
Acostumamos com a paisagem e por vezes não estamos atentos aos detalhes dos lugares por onde transitamos. Não sabemos precisar quantas pessoas transitam pela Pompéia diariamente. Ora indo para qualquer região da cidade ou retornando para seus lares no próprio bairro ou em outros da redondeza. São tantas linhas de ônibus, carros, motocicletas e pedestres que ficamos atônitos.
Percebemos que esse transitar intenso de pessoas por aqui impacta no visual de nosso bairro. As ruas principais que escoam o grande volume de tráfego encontram-se mais sujas que as demais. Isto é óbvio pelo grande número de transeuntes. Talvez, falte-nos a consciência que todo papel de bala, guimba de cigarros, copos, garrafas, embalagens vazias, etc que jogamos no chão entopem bueiros e, na hora da chuva, vão direto para as casas que encontram-se  morro-abaixo. Temos ainda as terríveis pichações, cujos autores não respeitam nada: prédios públicos, igrejas, escolas, muros residenciais, comércio, etc, influindo na baixa auto-estima das pessoas em geral. Não são características exclusivas de nosso bairro, mas, uma triste realidade que se repete em vários locais da cidade. 
E os passeios cheios de bolas pretas que denunciam um chiclete velho cuspido no chão, mas também passeios cheios de lixo, resultante da falta de coleta celetiva e de reciclagem de lixo. Fora aqueles passeios que possuem degraus, buracos, rampinhas e desníveis que interrompem bruscamente a trajetória do pedestre. Tudo é mínimo. Não importa. As pessoas se acostumam, passam a incorporar no visual da cidade que poderia ser outro. Falta-nos atitude. Cada indivíduo deveria se auto-avaliar quanto a estes pequenos gestos nocivos ao ambiente. Será que conseguiremos modificar ou diminuir o volume de lixo que deixamos nas ruas? Será que as crianças que vêem um adulto jogar lixo no chão não o imitará? Será que as crianças, quando adolescentes ou adultas vão respeitar as autoridades, que não cumprem seu dever e ainda dão maus exemplos.
Quem saberá aonde chegaremos? A nossa atitude hoje impactará no futuro. Do desrespeito às simples normas de convivência nos lares, nas escolas, nas ruas, nas praças de esportes,  estamos chegando à violência em geral, tráfico de drogas, mortes no trânsito, nas escolas, etc.
Pensemos nisto. Atitude é muito importante. Devemos assumir cada escolha que fazemos e lembrar de Cecília Meireles, em seu “O Dom da Indignação”, que diz:
“Que tempos medonhos chegam, depois de tão duras provas? Quem vai saber no futuro o que se aprova ou reprova? De que alma é que vai ser essa humanidade nova?

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